TINTA ESPECIAL AUXILIA EM SIMULAÇÕES DE AERONAVES



O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), sediado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), tem três túneis de vento para simulações. Situados na Divisão de Aerodinâmica (ALA), cada um dos túneis é capaz de realizar diferentes ensaios em modelos de objetos que são expostos a variadas intensidades de vento.

Uma das instalações é o Túnel Transônico Piloto (TTP), que simula a ação do vento em veículos que chegam a ultrapassar a velocidade do som. “Ele simula veículos a velocidades entre 80% da velocidade do som e 20% acima dela. As aeronaves comerciais, em voo de cruzeiro, viajam exatamente nesse regime – cerca de 890 km/h”, explica Marcos Souza, pesquisador do IAE.

Os modelos utilizados nos ensaios no TTP são pintados com uma tinta especial, conhecida como PSP, sigla em inglês de Tinta Sensível à Pressão. A PSP tem moléculas conhecidas como luminóforos, que, em contato com o oxigênio e excitadas em uma frequência adequada, mudam de cor. Com uma câmera, os pesquisadores gravam a simulação, e o resultado dela no computador permite que seja feita uma análise mais completa da ação do vento no modelo.

“A PSP me dá uma medida global. Consigo uma resolução espacial e, se tenho conhecimento da física do problema, é possível entender rapidamente o que está acontecendo”, conta Ana Cristina Avelar, pesquisadora do IAE e do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI).

Utilizar a tinta especial nas simulações possibilita que o ensaio seja feito de forma não intrusiva, ou seja, sem interferências externas. Além disso, a pressão pode ser medida em todas as partes do modelo. “Com a PSP, basta pintar o modelo. Se tenho acesso óptico, posso medir a pressão. Então, a identificação dos fenômenos físicos é muito mais fácil com a PSP”, completa Ana Cristina.

Convênio – Os pesquisadores do IAE estão abertos a convênios com outras instituições e empresas que se interessem em usar os túneis de vento para simulações. “Nosso objetivo é estabelecer parcerias com empresas, instituições educacionais, universidades. Procuramos diversificar bastante as nossas parcerias e é muito importante que aprendamos com elas”, ressalta Souza.

O CeMEAI, com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O CeMEAI é especialmente adaptado e estruturado para promover o uso de ciências matemáticas (em particular matemática aplicada, estatística e ciência da computação) como um recurso industrial.

As atividades do Centro são realizadas dentro de um ambiente interdisciplinar, enfatizando-se a transferência de tecnologia e a educação e difusão do conhecimento para as aplicações industriais e governamentais. As atividades são desenvolvidas nas áreas de Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.

Além do ICMC, o Cepid-CeMEAI tem outras seis instituições associadas: o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); o Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica (IMECC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); o Instituto de Biociências Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Universidade Estadual Paulista (Unesp); a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp; o IAE, e o Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP.

Fonte: Agência USP

Foto: Divulgação/Embraer – Exemplo de pesquisa em aeronave em túnel de vento.

Texto de: AEB

IMAGEM DO HUBBLE: ANEL DE FUMAÇA EM UMA AURÉOLA


  Duas estrelas brilham através do centro de um anel de poeria em cascata nesta imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. O sistema estelar é chamado DI Cha, e apesar de apenas  duas estrelas estarem aparentes, é na verdade um sistema quádruplo contendo dois conjuntos de estrelas binárias.
  
  Como este é um sistema estelar relativamente jovem ele está cercado pela poeira. As estrelas jovens estão moldando a poeira em um envoltório fino.
  
  O hospedeiro dessa interação sedutora entre poeira e estrela é a nuvem escura Chamaeleon I - uma das três dessas nuvens que formam uma grande região de formação estelar conhecida como Chamaeleon Complex. A juventude da DI Cha não é notável dentro dessa região. Na verdade, todo o sistema está não só entre o mais jovem, mas também entre as coleções mais próximas de estrelas recém-formadas a serem encontradas e assim fornecem um alvo ideal para estudos de formação de estrelas.
Image credit: ESA/Hubble & NASA, Acknowledgement: Judy Schmidt
Text credit: European Space Agency
Texto traduzido de: NASA
Revisor Star Stuff: Luis Felipe Vieira

#BEANASTRONAUT: NASA PROCURA EXPLORADORES PARA FUTURAS MISSÕES ESPACIAIS



  Na expectativa de retornar lançamentos de voos tripulados para o solo americano, e em preparação para a jornada da agência à Marte, a NASA anunciou que em breve começará a aceitar inscrições para a próxima classe de candidatos a astronautas. Com mais naves espaciais tripuladas em desenvolvimento nos EUA hoje do que em qualquer outro momento da história, os futuros astronautas serão lançados mais uma vez da Costa Espacial da Florida numa nave espacial comercial de fabricação americana, e realizarão missões de exploração no espaço profundo que avançará para uma futura missão a Marte.
  A agência aceitará inscrições desde 14 de dezembro até meados de fevereiro e espera anunciar os candidatos selecionados em meados de 2017. Inscrições para consideração como um astronauta da NASA serão aceitas em:


   A próxima classe de astronautas pode voar em uma das quatro diferentes embarcações americanas durante suas carreiras: a Estação Espacial Internacional, duas naves espaciais tripuladas comerciais atualmente em desenvolvimento por empresas americanas, e o veículo de exploração do espaço profundo Orion da NASA.
  De pilotos e engenheiros, à cientistas e médicos, a NASA seleciona candidatos qualificados a astronautas a partir de um conjunto diversificado de cidadãos americanos com uma grande variedade de origens.
  "Esse próximo grupo de exploradores espaciais americanos inspirará a geração Marte a alcançar novos patamares, e nos ajudar a realizar o objetivo de deixar pegadas no Planeta Vermelho", disse o administrador da NASA Charles Bolden. "Os selecionados para este serviço sairão do solo americanos em uma nave espacial dos EUA, desenvolverão ciência crítica e pesquisas a bordo da Estação Espacial Internacional, e ajudarão a empurrar as fronteiras da tecnologia no campo do espaço profundo."
  A agência espacial está guiando uma transição sem precedentes para naves espaciais comerciais para tripulantes e transporte de carga para a estação espacial. Voos em Boing CST-100 Starline e SpaceX Dragon tripulados facilitarão a adição de um sétimo membro na tripulação a cada missão na estação, dobrando efetivamente a quantidade de tempo que os astronautas serão capazes de se dedicar à pesquisa no espaço.
  Futuros membros da tripulação da estação continuarão o trabalho vital realizado durante os últimos 15 anos da habitação humana contínua a bordo do laboratório orbital, expandindo conhecimentos científicos e demonstrando novas tecnologias. Esse trabalho incluirá a construção em seis meses de missões regulares e esta missão de uma ano este ano, ocorrendo atualmente a bordo da estação, e que está se esforçando para avançar em pesquisas não possíveis na Terra, o que permitirá a exploração humana e robótica de longa duração no espaço profundo.
  Além disso, o Space Launch System da Nasa e a Orion Spacecraft, agora em desenvolvimento, lançarão astronautas em missões para campos de testes na orbita lunar, onde a NASA aprenderá a conduzir operações complexas no ambiente do espaço profundo antes de passar para missões de longa duração em sua jornada para Marte.
  "É um momento excitante para fazer parte do programa de voo espacial americano", disse Brian Kelly, diretor de Operações Aéreas da NASA do Centro Espacial Johnson em Houston. "A NASA tomou o próximo passo na evolução do programa de voos espaciais tripulados da nossa nação - e nossos astronautas americanos estarão a frente dessas novas e desafiantes missões espaciais. Nós encorajamos a todos os candidatos qualificados a aprender mais sobre as oportunidades para astronautas na NASA e solicitar juntar-se aos nosso time de operações de voos. 
  Até o momento, a NASA selecionou mais de 300 astronautas para voar nas cada vez mais desafiadoras missões para explorar o espaço e beneficiar a vida na Terra. Há 47 astronautas no corpo de astronautas ativos, e mais serão necessários para as tripulações das futuras missões para a estação espacial e destinos no espaço profundo.
  Candidatos a astronautas devem ter obtido um diploma de bacharel de uma instituição creditada em engenharia, ciências biológicas, física ou matemática. Um grau avançado é desejável. Os candidatos também devem ter pelo menos três anos de contato na área, experiência profissional progressivamente responsável, ou pelo menos 1000 horas pilotando aviões a jato. Candidatos a astronautas devem passar pelo voo espacial físico de longa duração da NASA.

Para mais informações sobre a carreira como astronauta da NASA, e requerimentos para inscrições, visite:




Texto traduzido de: NASA
Revisor Star Stuff: Luis Felipe Vieira


CLA LANÇA PLATAFORMA SUBORBITAL SARA NA SEMANA QUE VEM

 
  O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, lançou na última sexta-feira (30/10) o 12º Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), dando início à fase de lançamentos do projeto Satélite de Reentrada Atmosférica (Sara), uma plataforma suborbital destinada a realizar estudos e pesquisas em ambiente de microgravidade por até 10 dias.
  A altitude máxima em voo alcançada (apogeu) foi de 61 km. A operação foi considerada um sucesso, pois serviu também para o treinamento operacional das equipes do CLA.
  O próximo lançamento está marcado para quarta-feira (11) e será do VS-40M V03 com a plataforma suborbital Sara. O foguete leva embarcada a versão simplificada do Sistema de Navegação (Sisnav). Quando concluído, o Sisnav será usado no Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), foguete de fabricação nacional desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Também será transportado um GPS de aplicação espacial, em fase de qualificação, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
  A plataforma Sara, após cair em área marítima interditada, será recuperada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Os pesquisadores analisarão dados obtidos em voo por antenas de telemetria como pré-requisito para a qualificação do projeto. Tanto o foguete quanto o satélite de reentrada serão rastreados por radares ao longo da trajetória percorrida em voo.
  Já o experimento da UFRN, que é um receptor GPS para aplicações espaciais, tem como função básica informar com precisão a posição e a velocidade de um foguete ou satélite no espaço. Sua principal inovação é a incorporação de certas características, principalmente de software, como a capacidade de funcionar em elevadas altitudes e em altas velocidades sem perder o sincronismo com o sinal recebido da constelação de satélites GPS. A fabricação, integração e testes do experimento hoje são feitos pelo IAE.
Os lançamentos são pontos altos da Operação São Lourenço, realizada pelo IAE de 22 de outubro a 13 deste mês, com apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), do CLA, de civis e militares do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de esquadrões aéreos da FAB, Decea, Marinha e Agência Espacial Alemã (DLR).

Texto de: AEB

15 ANOS DE ESTAÇÃO ESPACIAL CONTADOS EM 15 GIFS

  Como ontem, dia 2 de novembro de 2015, a Estação Espacial Internacional fez 15 anos, achei que seria mais justo fazer a primeira postagem desse blog sobre ela! 

1. A Estação Espacial Internacional foi montada no espaço
  De 1998 a 2011, cinco diferentes agências espaciais representando 15 países, montaram a Estação Espacial Internacional, a maior estrutura já construída no espaço. Hoje seres humanos ainda vivem e trabalham no laboratório orbital. O dia 2 de Novembro de 2015 marca o 15º aniversário da presença humana contínua a bordo.

2. A tripulação da Expedition 1 chega
  Comandante William Shepherd, da Expedition 1, celebra com seus colegas cosmonautas Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko quando eles aparecem na câmera pela primeira vez, em 2 de novembro de 2000.

3. 11 de Setembro de 2011
  Comandante Frank Culbertson, da Expedition 3, foi o único americano vivendo fora do planeta em 11 de setembro de 2001. Ele capturou da Estação Espacial essa imagem do fatídico dia.
  A estação espacial oferece uma vista única para a observação da Terra. Tripulantes da estação podem observar e coletar imagens de eventos que vão se desenrolando, o que pode ser uma função importante ajudando equipes de emergência a saber quais são as áreas mais necessitadas durante desastres naturais.

4. O braço robótico constrói a estação peça por peça
  O Modulo Experimental Japonês, ou Kibo, é instalado na estação espacial em 3 de junho de 2008. Kibo significa "esperança" em japonês, e é o maior módulo da estação espacial único.

5. Primeira tripulação com 6 pessoas
  A primeira tripulação com seis pessoas na estação espacial se reúne para uma conferência de imprensa em 29 de maio de 2009. Porque ela era composta por astronautas da NASA, CSA, ESA, JAXA, e Russia, está foi a primeira e única vez que todos os parceiros internacionais foram representados na estação espacial ao mesmo tempo.

6. Setor comercial visita a estação
  O braço robótico da estação espacial captura a espaçonave Dragon da SpaceX durante seu voo de demonstração em 25 de maio de 2012, tornando-o o primeiro veículo comercial a atracar na estação espacial.

7. Tocha Olímpica vai em uma caminhada espacial
  Cosmonautas russos Sergey Ryazanskiy e Oleg Kotov trazem a tocha Olímpica para fora da estação espacial durante uma caminhada espacial em 9 de novembro de 2013. A tocha viajou para a estação como parte do revezamento da tocha olímpica antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi, na Rússia. 

8. Teste de fogo no espaço
  O astronauta Reid Weisman capturou uma esfera flutuante de fogo observado durante o experimento Flex-2 na estação espacial em 18 de julho de 2014. As descobertas podem conduzir a melhores motores aqui na Terra.

9. Aurora
  Aurora é uma das vistas favoritas dos astronautas da estação. O espetáculo é resultado de partículas vindas de ventos solares estáveis energizadas na atmosfera ou erupções gigantes conhecidas como ejeções de massa coronal.

10. Nascer do Sol
  Astronautas veem 16 nascer e pôr do sol todos os dias, pois a estação circula a Terra a cada 90 minutos.

11. Bolhas de Água
  Em microgravidade, líquidos flutuam livremente em formas esféricas, mas quando em contato com outros objetos, a tensão superficial domina sua forma.

12. Caminhada Espacial
  Astronautas Terry Virts e Barry "Butch" Wilmore capturam a primeira filmagem GoPro de uma caminhada espacial em 25 de fevereiro de 2015. Até o momento, 189 caminhadas espaciais foram realizadas para construir e manter a estação espacial.

13. Relâmpagos
  Relâmpago é outra visão deslumbrante vista de 250 milhas acima. O astronauta Terry Virts descreve isso como "uma performance majestosa que inspira temor e respeito".

14. Via Láctea
  Quando passando sobre o lado "noturno" da Terra, a Via Láctea é sutilmente visível da estação.

15. Astronautas dos EUA comem o primeiro alface crescido no espaço
  Astronautas Scott Kelly, Kjell Lindgren, and Kimiya Yui provam pela primeira vez alface  cultivado e colhido no espaço pela NASA. em 10 de Agosto de 2015.


Texto traduzido de: NASA
Revisor Star Stuff: Luis Felipe Vieira